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sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Sojeiro

Os jornais de hoje informam que Blairo Maggi, governador do Mato Grosso e o maior plantador de soja do Brasil, se manifestará contrário a portaria que restringe financiamento de crédito para produtores das cidades que estão entre as que mais desmatam a Amazônia. Nenhuma novidade nisto.
Segundo Maggi os produtores não têm dinheiro e se não puderem produzir teremos mais alta no preço dos alimentos. Ele não conta que ele e o agronegócio brasileiro são monocultores, que se dependermos deles comeremos garapa de cana, soja e arroz. E que o alimento que chega na casa do brasileiro vem, na enorme maioria, da agricultura familiar. Como esta recebe uma escala muito menor de recurso público, e enfrenta uma burocracia que restringe o acesso ao crédito, ela está enfraquecida e o alimento do brasileiro mais caro.
O alimento do brasileiro não depende do agronegócio, a destruição da amazônia é que sim.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Leitura do O Capital, uma leitura popular

Estou participando de um grupo de leitura de " O capital, uma leitura popular" do Carlo Cafieiro. Estou apenas começando, mas estou gostando muito.
Começamos pelo último capítulo, o que trata da acumulação primitiva do capital.
O capitalismo surge com o fim de sistema feudal na Inglaterra. Com a criação do tear na Holanda, a Inglaterra, que tinha a agricultura mais eficiente da Europa, passa a ser exportadora de lã para abastecer a indústria textil. Com isto, o espaço existente para agricultura e gente, passou a ser precioso para a criação de ovelhas e os camponeses foram expulsos de suas terras e empurrados para as cidades. Eles eram "livres" mas não tinham acesso aos bens de produção. Com isto se viam obrigados a vender a sua mão-de-obra para o capitalista ou morreriam morrer de fome. Portanto o primeiro capital excedente veio da exploração de mão-de-obra.
Claro que esta foi uma simplificação ordinária do capítulo do livro, mas espero que tenha despertado em vocês o interesse em lê-lo.
O grupo é organizado por GeDantas. Ele mantém um blog sobre o grupo de estudo. Confiram http://o-capital.blogspot.com/
Beijos e até mais...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Venda da Nossa Caixa

Ouvi hoje pela manhã Carlos Alberto Sardenberg comentar a possível venda da Nossa Caixa, banco estadual de São Paulo, para o Banco do Brasil. Sardenberg dizia que o banco deveria ir a leilão, visto que é um banco constituído com recurso público e desta forma teria chances de melhor preço. Ele acredita que o banco não irá a leilão para que continue publico, mas acha o preço baixo.
O que esquece Sardenberg é que as privatizações de bancos públicos no Brasil sempre foram cercadas de denúncias de subvalorização, portanto pode ser que o banco seja vendido por preço melhor que o proposto pelo leilão. E há outro aspecto importante, manter um banco público é também garantia de que os funcionários não sejam demitidos.

Começo

Eis que me rendo ao Blog. Sou geminiana e jornalista. Falar faz parte da minha gênese. Mas sempre tive um certo acanhamento de publicar o que eu penso. Eis que acho que este é um bom caminho. Lerá quem quiser, portanto não estou ferindo o preceito de não impor o que penso a todos, e poderei partilhar das minhas idéias. É isto.