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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Acreditem: vivemos num país tropical!!!!

Faz tempo que não posto. Os motivos são muitos, dariam até um post. Quem sabe...
Mas senti que era hora de alguém falar sobre o uso indiscriminado do ar condicionado! Brasília é uma cidade situada no Planalto Central. Temos uma temperatur amena, no geral. O clima é seco, mas as temperaturas não são muito elevadas. Estes dias têm sido diferentes. O calor chegou hoje, dia 28/10, a 35 graus. Ontem fez 33 e dia 17 de outrubro 34. A umidade do ar tem caído a 19%, coisa inimaginável num mês de outubro. Devem ser efeitos das mudanças do clima.
Mas eu quero falar de um comportamento comum por aqui e que neste clima de verão sahaariano se agrava: As pessoas não acreditam que moram num país tropical! Esta descrença faz com que se vistam como se estivessem vivendo em qualquer cidade do sul do país e, claro, faltam morrer de calor e por isto ligam o ar condicionado gelado. Daí, quem vive em Brasília, acredita e gosta, falta morrer de frio e dor de garganta e asma e sinusite e todos os "ites" possíveis e imagináveis. Não falta quem vá trabalhar de jeans e camisa, blusa preta, tênis, meia e outras peças de vestuário que ficariam adequados em São Paulo, Curitiba ou Porto Alegre, mas que em Brasília é inconcebível. Vestidos, sais e bermudas são algumas alternativas práticas e saudáveis para as moças e bermudas, calças de algodão e linho e camisas servem para o rapazes e não doem. Inclusive a Zara, a Broksfield e a Rener (pra não dizer que só falei de lojas caras) estão com coleções lindas de bermudas que ficam bem até com blaser, se o local do trabalho for mais formal. Roupas leves neste calor é medida de segurança. O site do Corpo de Bombeiros do DF recomenda beber muito líquido, ingerir comidas leves e VESTIR ROUPAS LEVES e claras (
http://www.cbm.df.gov.br/?cat=1&page=36).
O ar condicionado além de fazer mal a saúde, nem sempre têm seus filtros limpos e poluem o meio ambiente.
A Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou, recentemente, que os funcionários de todas as suas sedes usassem roupas mais leves para diminuir o uso do ar condicionado. Que tal tentarmos o mesmo?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

As benevolentes

Acho uma atrocidade matar pessoas por sua raça, cor, credo ou qualquer outro fator discriminatório. Porém há uma super-exploração da catástrofe que se abateu sobre os judeus durante a segunda guerra mundial. Morreram 6 milhões de judeus, 10 milhões de poloneses e 20 milhões de russos. Mas só se fala da questão judaica. Infelizmente não é novidade que povos sejam exterminados ao bel prazer de alguns tiranos, vide Afeganistão e o Iraque para sermos contemporâneos. E todo ano é lançado um livro, um filme, documentários sobre a questão judaica na segunda guerra. Eu desde a Lista de Schindler do Spielberg, não vejo e nem leio mais nada sobre o holocausto. Porém me deparei com um livro de título intrigante e capa belíssima, toda vermelha: As benevolentes de Jonathan Littell.
Jonathan é um judeu americano de origem polonesa, seu pai é o renomado escritor Robert Littell. As benevolentes é a primeira obra de Jonathan, tem quase mil páginas, ganhou o prêmio Goncourt e o prêmio da Academia Francesa em 2006. Ou seja, o rapaz começou bem.
O livro narra a autobiografia do personagem Maximilian Auê, um oficial da Schutzstaffel, tropa de elite nazista. É fictícia, mas muito bem fundamentada e documentada. Conta de maneira detalhada como as coisas aconteciam. Como as pessoas não pensavam no todo e apenas “cumprindo ordens” produziram o massacre que conhecemos. Maximilian esteve presente nos momentos cruciais e com pessoas importantes dentro do xadrez nazista dos acontecimentos.
Auê era um oficial que entrou para a SS muito mais por seus problemas pessoais do que por convicções nazistas. Ele até acreditava que os judeus eram seres inferiores, mas não pensava exatamente nisto ou que por isto eles devessem ser mortos. O romance mostra como até mesmo oficiais alemães, como o lingüista Voss amigo de Auê, contestavam esta teoria e que havia outros, como o dr. Hohenegg, que não estava a par do que acontecia, simplesmente fazia o trabalho dele sem se perguntar qual o destino dos judeus, poloneses e os “vermelhos”depois que eram presos e que saíam do front.
A formulação do personagem Maximilian é que não é simples viver um período de guerra e que ninguém faz o que os alemães fizeram sem que o mundo soubesse. Não é uma tentativa de justificar os atos, mas de mostrar o que já sabemos e nunca questionamos, ou ao menos a maioria de nós, que a história é escrita pelos vencedores. Segundo o oficial é simples criar um tribunal e julgar pessoas com leis criadas depois dos crimes cometidos e mais, para julgar os vencidos. Como seria a história se a Alemanha tivesse ganhado a guerra? Eichmann, que no livro é retratado como um funcionário limitado, uma pessoa comum – uma referência ao Eichmann em Jerusalém da Hannah Arendt - teria sido condenado? Estaríamos lamentando os 6 milhões de judeus ou estes números, que o livro faz uma relação número de mortos/hora de guerra, seria contado apenas como “mal necessário”? Para Auê as pessoas faziam o que todo mundo faz no seu dia-a-dia, cumprem sua função. Em determinado momento do livro ele afirma: “Se você nasceu em um país ou uma época em que não apenas ninguém vem matar sua mulher e seus filhos como ninguém vem lhe pedir para matar as mulheres e os filhos dos outros, agradeça a Deus e vá em paz. Mas nunca tire isso da cabeça: pode ser que você tenha mais sorte que eu, mas não é melhor.”
A trama é permeada por acontecimentos da guerra e a guerra pessoal do oficial. Filho de mãe francesa e pai alemão que servira na primeira guerra e depois abandonou a família, ele odeia a mãe por ter se casado com outro homem depois do desaparecimento do pai e mantinha, quando criança e adolescente, um relacionamento incestuoso com a irmã gêmea. Por ter prometido à irmã que não teria outra mulher, mantinha relacionamentos homossexuais.
O livro é interessantíssimo. Os acontecimentos pessoais não o deixam ser maçante, visto que é denso. E os episódios de batalhas, como Stalingrado, e as atrocidades contadas não deixam passar despercebido o valor histórico do livro. Jonhatahn Littell começa sua carreira muito bem. Já espero o próximo livro do autor.
Voltarei, depois, a outros aspectos do livro.
Serviço:
As Benevolentes
Jonathan Littell
Alfaguara/Objetiva, 2007
912 páginas, R$ 79,00

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Férias de Julho

Viajei nos últimos dias. Conheci Gurupi, que fica no Tocantins. É sem dúvida o lugar mais que eu já visitei. Mas há um movimento turístico na região que chama a atenção.

Gurupi, bem como Porto Nacional e Palmas, cidades que eu visitei desta vez, ficam às margens do Rio Tocantins. O site Wikpédia informa que o Tocantins é o maior rio totalmente brasileiro, com 2.600 km de extensão. Fui conferir o dado e o mesmo site me diz que o São Francisco tem 2.800 Km de extensão. Como não tenho à mão outra fonte de informação, fiquemos com a dúvida. Hoje funcionam ao longo do Tocantins cinco hidrelétricas: Serra da Mesa, Cana Brava, São Salvador, Lajeado e Tucuruí. Outras duas estão em construção: A do Peixe e a de Estreito. Ainda há a de ipueira, que teve a sua construção suspensa.

No Peixe, ainda há uma praia natural e linda. É muito bonito e há uma estrutura adaptada para o recebimento de turistas. Uma balsa, que custa R$ 5,00 ida e volta, te atravessa da margem do rio para uma ilha que é um banco de areia. Lá há várias barracas que oferecem de tudo, de comida e bebida a uma pousada. Os banheiros são químicos e há uma ampla área para camping. Confesso que o excesso de barulho do sistema de som não me agradou e daí fui para a beira do rio, estiquei minha canga e aproveitei a bela paisagem sem música alguma.

Já em Porto Nacional, uma cidade que comemorou no último dia doze, 270 anos de história e 147 de emancipação, a barragem do Lajeado fez com que o rio formasse um grande lago e as altoridades locais têm feito um esforço para recuperar o turismo no local. Criou-se uma praia artificial com uma infra-estrutura invejável . Além disto a cidade conta diversos pontos turísticos, como a catedral, belíssima, construída em 1884.

É bom conhecermos o interior do país. Nos reserva belas surpresas.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A fama não é selo de qualidade

A frase é óbvia, mas ainda assim acho que vale ressaltar. Em Brasília há lugares que são famosos, vivem cheios e não são bons. Claro que tudo depende do referencial e vou explicar o que quero dizer.
O Beirute é um restaurante que existe a mais de 40 ano em Brasília e tem uma filial recentemente aberta. O lugar é conhecido por abrigar todas as tribos. E, embora o nome seja árabe e tenha um excelente quibe, é famoso por servir um dos melhores filés à parmegiana da cidade, segundo pesquisa do Correioweb. Mas o atendimento é péssimo. Os garçons são desatentos e a comida demora. Sábado passado, cheguei no restaurante da Asa Sul, que fica na quadra onde moro, às 14h e o restaurante estava lotado. Tudo bem, final de semana em Bsb é assim mesmo. Mas além de nenhum garçon se dignar a vir falar conosco, ao abordar um deles fui informada que deveria procurar o " de camisa verde". Quando cheguei a ele e perguntei se havia uma mesa para sentarmos ele grosseiramente me disse que tinha que esperar e que tinham 6 pessoas esperando. Tentei perguntar se eram 6 mesas ou seis pessoas numa mesma mesa, ele já correndo me respondeu " tem 6 pessoas esperando se quiser fica na fila!". Brasília tem mais de 400 restaurantes. São mais de 120 só na Asa Sul. Eu não preciso ouvir isto. Fui caminhando mesmo para o Xique-Xique, onde o atendimento é sempre bom, a comida de altíssima qualidade e rapidinha.
Mas esta não é uma particularidade do Beirute não. Gosto muito da comida do Daniel Brian, um francesinho que fica na 104 N. O atendimento é meio lentinho ( melhor que do Beira contudo), mas eles não aceitam cartões de nenhuma espécie. Nem débito e nem crédito. O comércio é uma ação de mão dupla. O uso do cartão de crédito é uma segurança para o cliente. Nos dias de hoje não dá pra ficar andando com dinheiro ou mesmo cheque na bolsa e principalmente a quantia suficiente para pagar as despesas do Brian. Quando o comerciante não quer perder nenhum pouquinho dos seus lucros para me dar esta garantia me sinto lesada. Só vou lá quando um amigo insiste muito, mas em geral quando exponho os motivos para não ir lá eles são acatados.
É uma pena, pois a comida é ótima.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Literatura

Nem sempre fui leitora. Meus pais são leitores mas não são vorazes. Quando meninos, eu e meu irmão, tínhamos direto a escolher um livro por mês para lermos. O livro era comprado junto com as compras do mês no Carrefour sul aqui em Brasília mesmo. De lá saíu a minha coleção de "Anedotas do bichinho da maçã" do Ziraldo. Piadinhas leves, sem pretenções mas adorávamos.
Depois foi a vez da coleção vaga-lume que a escola indicava. Creio que devo ter lido todos. O que eu mais gostei foi Barcos de Papel. Contava a história de uma turma que saíu de férias e se perdeu numa caverna sem conseguir sair. Eu adorei.
O primeiro livro "de gente grande"que eu li foi Ana Terra, que minha mãe comprou pra mim num sebo. Claro que fiquei apaixonada pela personagem. E de lá pra cá a leitura foi uma constante na minha vida. Leio de tudo. De Mauro Wolf com Teorias da Comunicação, ao Saramago.
Por falar em Saramago, li recentemente "As intermitências da morte". Simplesmente maravilhoso. O livro que conta a história de uma morte temperamental que em determinado país, determinado dia resolve não matar mais. É fabulosa a capacidade criativa que vem disto. Passa-se a ter uma infinidades de ações, mercados e ausência de mercados em torno da ausência da morte.
Aliás outro livro incrível que tem a morte por protagonista é "A menina que roubava livros". A morte conta a suas peripécias durante a segunda guerra mundial dando enfoque numa certa garotinha.
Recomendo os dois.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Leões e Cordeiros

Assisti vários filmes nos últimos dias. Todos os besteróis disponíveis exceto o que eu de fato queria O melhor amigo da noiva. Assisti Sexy and the City. É um bom filme de seção da tarde com pessoas que se amam, se perdem e se reencontram. É bonitinho. Assisti Indiana Jones, já comentado aqui. Assisti As crônicas de Nárnia: O príncipe Cáspian, com e minha filha. Muito bom. Muitos efeitos especiais e uma história que mostra que tem tempo para tudo na vida. Tenho uma lista grande de filmes que me interessam e estão em cartaz. Começarei a vencê-la amanhã com A Outra.
Mas quero falar de um filme que vi em DVD Leões e Cordeiros. Com diálogos longos e cortantes, um cenário simples e um elenco de primeiríssima, o filme mostra as mazelas da política, da guera contra o terrorismo, da imprensa e da vida de um professor de ciência política. O filme, feito apenas de diálogos e algumas cenas de guerra, mostra os diversos interesses envolvidos nesta empreitada. O do senador, interpretado pelo Tom Cruise, interessado em mudar a opinião pública e ser candidato a presidente. O de dois bons alunos do professor interpretado por Robert Redford. Um dos alunos é afro-descendente e o outro hispânico e eles se alistam como voluntários para lutar no Iraque. Redford tenta demovê-los da idéia, mas é em vão. E há Meryl Streep, brilhante como sempre, no papel de uma jornalista conceituada e madura contactada pelo senador para ser a portadora da "boa nova" sobre a guerra no Iraque.
O desfecho é maravilhoso, sem finais simples e lugares comuns. Acho que o único pecado do filme é o fim dado aos jovens ex-alunos de Redford mas vale a pena cada minuto do filme. Fica a minha dica.

domingo, 22 de junho de 2008

MST

Na última semana oficializei minha saída do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Foi um ano de grande aprendizado. Aprendi muitas coisas boas e ruíns.
O MST nasceu em Janeiro de 2005, em Curitiba. De lá para cá ganhou legitimidade e força. É um movimento que reúne agricultores sem terra ( por óbvio), intelectuais sensíveis à causa e simpatizantes da luta pela Reforma Agrária.
Todos os países desenvolvidos fizeram a Reforma Agrária. O Brasil, não. A Constituição de 1988, reigida sob a égide da direita e que saiu com pinta de esquerda, para citar Ricardo Noblat ( Noblat, 2004), não menciona a palavra "latifúndio". E hoje em dia não é só a grande propriedade de terra que ameaça o pequeno produtor. São as grandes multinacionais, com sua política monocultora que produz madeira aqui, degrada o solo aqui, acaba com a biodiversidade daqui para exportar e lá usar tecnologia e transformar em produto industrializado gerando emprego e renda. Ou seja, para o país de origem resta apenas os prejuízos da produção.
Os meios de manifestações do movimento são diversos e sempre criativos. O mais comum, e noticiado, são as ocupações. Ocupam terras improdutivas para pressionar o governo a fazer a reforma agrária. Ocupam prédios públicos para reivindicar crédito para produzir, escola para suas crianças e casas para as famílias. Fazem marchas pelas estradas e vias públicas país a fora para sensibilizar a população para a sua luta. É importante lembrar que os grandes produtores também recorrem ao erário público para produzir e uma vez a cada 3 anos vêm com seus tratores e picapes ocupar a esplanada dos ministérios para não pagarem os empréstimos feitos com o governo. A diferença é que a mídia legitima a manifestação dos grandes e criminaliza a dos Sem Terra.
Claro que o MST tem defeitos, mas merece todo o nosso reconhecimento, apoio e luta.

sábado, 14 de junho de 2008

Fortaleza

Vim passar o fim de semana em Fortaleza. É uma cidade belíssima. Tem vida para além do turismo mas o turismo aqui é bem estruturado. Diferente de Natal/RN. Adoro Natal e vou sempre que posso, o que significa duas vezes nos dois últimos anos, mas lá o turista é explorado, não o turismo. Me lembro que para sentarmos na praia tínhamos que alugar as cadeiras, no morro do Careca. Aqui em Fortaleza além de praias belíssimas, com água quentinha, as barracas são muito bem estruturadas, muitas delas aceitam cartão de crédito e a comida não é cara. Claro, é uma cidade turística e camarão aqui, lá em Natal ou em Brasília é caro.
Fortaleza tem 34 Km de litoral, são 15 praias e vale a pena dar uma chegadinha em praias vizinhas, como Cumbuco que fica a 30km da capital Cearence; ou Lagoinha que está a 100km; e ainda há a já cantada Canoa Quebrada -180km.
A noite de Fortaleza tem sempre movimento. Há vários shows de humor cearence com figuras ótimas. O Centro Cultural Dragão do Mar também sempre tem atrações interessantes e há vários bares no local. Desde a última vez que estive aqui aquela região decaíu muito. Fica no final da Praia de Iracema e tem o conhecido bar "Pirata", mas eu não recomendo. Descobri um lugar muito gostoso no bairro Meireles, Coco Banbu que tem de tudo um pouco e um ambiente bem agradável.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Crusius Credo!!!!

A cobertura da mídia para o caso da divisão de recurso público para campanhas no Rio Grande do Sul me impressiona. Não se fala do partido da governadora!!!! E mais, nem se perguntam se ela sabia ou não, como fizeram milhões de vezes com o Lula e o suposto Valerioduto. E mais, foi o vice-governador, que é de um outro partido (deste partido os jornais falam toda hora que tratam do assunto), que é base aliada da governadora quem gravou! Com um aliado destes quem precisa de inimigo??
A Band News ontem não falava do assunto sem colocar na sequência a condenação de Marcos Valério por falsidade ideológica.
É o PIG ( Partido da Imprensa Golpista) tentando esconder fatos mais uma vez...
Ahh e a propósito é PSDB o partido de Yeda Crusius.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Barack Obama

Assisti o debate do candidato à presidência dos Estados Unidos da América (do norte) Barack Obama. Muito bom o discurso do jovem. Não sei se ele jogará menos bomba no Iraque, mas ouço as trombetas do fim do império americano tal como conhecemos. Obama não é White e não é anglo-saxon. É prostestante, mas já me parece um avanço.
Flávio Aguiar publicou no boletim Carta Maior um artigo excelente sobre o assunto. Vale a pena conferir.

Comer bem

Adoro cozinhar. Aprendi com minha mãe. Mineira da parte dela, sempre prezou por uma alimentação rica em legumes, sem fritura e colorida. Mas eu não gostava de comer. Era uma gerra para que eu comesse. Sei lá por que. Algumas coisas eu sei sim. ODEIO coentro. É um tempero muito usado no Goiás e que os mineiros só usam para peixes. Resultado: durante 23 anos da minha vida eu não comi peixe até descoberir num restaurante muito gostoso, o Retiro do Pescador, que eu gostava e muito de peixe, que o meu problema com o peixe era o coentro. Hoje eu tenho muito prazer em comer. E aprendi a cozinhar outras coisas além das que mamãe ensinou. A comida dela é muito equilibrada no gosto e no tempeiro. Já eu.....
Eu gosto de tempeiros. Alho, cebola, salsa, cebolinha, pimentas das mais diversas e variadas. E adoro inventar receitas. A primeira vez eu faço como manda a receita, a segunda.... Até hoje ninguém reclamou. Destas invenções saíram algumas receitinhas que fazem sucesso entre os amigos. Uma é um antepasto de beringela, outro é um chutney de manga e hoje farei mais uma modificação: rocambole de bacalhau. A receita origianal é com batata e o recheio com molho branco. Eu, com dicas de minha mãe, faço com mandioca e creme de repolho. Fica uma delícia. Experimentem;
Receita
500g de bacalhau do porto desfiado e dessalgado
500g de mandioca cozida
1 cebola grande
1 dente de alho
sal a gosto
Recheio
100g de repolho refogado
1/2 xícara de farinha de trigo
50g de azeitona preta picada
1 cebola grande picada
Modo de fazer
Refogue o bacalhau com azeite, a cebola picada em rodelas e o dente de alho picado. Quando a água do bacalhau reduzir, misturar a mandioca. Eu coloco um pouquinho de pimenta calabresa pra dar um cheiro. Cubra uma forma com papel alumínio e abra esta mistura. Leve ao forno por 20 minutos. Enquanto isto prepare o recheio. Refogue o repolho com alho, cebola e tempere com pimenta do reino. Dissolva a farinha de trigo num pouco de água para formar uma papa e junte ao repolho mexendo sempre. Acrescente a azeitona preta.
Quando retirar o bacalhau do forno, espalhe o recheio e com ajuda do papel alumínio enrole a mistura de bacalhau com mandioca. Pincele azeite e leve ao forno por mais 20 minutos. Sirva acompanhado de arroz branco e um bom vinho. Bom apetite.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Divergências bem vindas

A Laura, minha amiga de longa data, publicou um comentario contrário ao filme Indiana Jones, que eu gostei. Ontem o Alexandre, outro amigo de longa data, também comentou que não gostou do filme. Fiquei mesmo feliz com isto. O Alexandre criticou o fato de o filme ter perdido a proximimdade com a antropologia e ignorado os mapas! Segundo o alê, o fato de ter colocado ETs no final fez por desmerecer o trabalho antropológico que marcava os outros Indiana Jones. E eu juro que não havia me dado conta, mas ele me disse que o filme trata as Cataratas do Iguaçu como se fosse a floresta Amazônica, ou seja, a noção de mapa tão central nos anteriores foi traída.
A Laura deixa a dica de que Quebrando a Banca é ótimo. Vamos ter que esperar sair em DVD, já não está mais em cartaz em Brasília, mas ficou anotado.

domingo, 1 de junho de 2008

E por falar em final de semana...

Passei um final de semana muito caseiro. Foi ótimo. Hoje fui caminhar no parque da cidade, Sarah Kubitschek, com meu marido e constatei que ele está muito bem cuidado. Os jardins ainda não estão sentindo os efeitos da falta de chuva, os equipamentos estão em perfeito estado e os banheiros limpíssimos. Além disto, não sei se acontece o dia inteiro, várias joaninhas - os carrinhos utilizados pela administração do parque - "voam" dando a sensação de segurança. E o brasiliense utiliza o parque. Ele estava cheio de gente de todas as idades. Pra quem ainda não foi, vale a pena dar uma caminhada.

Fui também à Feira do Guará. A feira, que existe desde 1969, vende muito mais que produtos hortifrutigranjeiros. Comprei camarão para o almoço. Lá é bem mais barato que nos mercados e há uma teoria de que é fresco. Uma vantagem tem: vem limpinho. Faz tempo que a Feira do Guará se transformou em polo de moda. Sim, nada comparado aos produtos do Yves Sant Laurent - falecido hoje -, mas tem para todos os gostos e preços. Na feira tem um espaço cultural. Hoje tinha capoeira. E tem as barraquinhas de comida com comida típica de vários lugares do Brasil. E tem metrô na porta. Vale a pena dar uma esticada até lá também.

Indiana Jones

Assisti, no fim de semana passado, Indiana Jones e o reino da caveira de cristal. O filme é como os outros Indianas: bom enredo sem grandes pretenções, uma história de amor docinha e efeitos especiais a lá Spilberg.
Herrison Ford, que está um coroa lindíssimo e em ótima forma, enfrenta o mal na pele da "preferida"de Stalim. Ela está interessada no mundo das caveiras de cristal e quer que o belo moço a ajude a encontrá-lo. Em meio a aventuras na floresta Amazônica e bombardeio nuclear
Jones descobre que tem um filho, é traído por um amigo, reencontra um grande amor e casa-se.
O filme é uma deliciosa opção para quem quer se distrair.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Sojeiro

Os jornais de hoje informam que Blairo Maggi, governador do Mato Grosso e o maior plantador de soja do Brasil, se manifestará contrário a portaria que restringe financiamento de crédito para produtores das cidades que estão entre as que mais desmatam a Amazônia. Nenhuma novidade nisto.
Segundo Maggi os produtores não têm dinheiro e se não puderem produzir teremos mais alta no preço dos alimentos. Ele não conta que ele e o agronegócio brasileiro são monocultores, que se dependermos deles comeremos garapa de cana, soja e arroz. E que o alimento que chega na casa do brasileiro vem, na enorme maioria, da agricultura familiar. Como esta recebe uma escala muito menor de recurso público, e enfrenta uma burocracia que restringe o acesso ao crédito, ela está enfraquecida e o alimento do brasileiro mais caro.
O alimento do brasileiro não depende do agronegócio, a destruição da amazônia é que sim.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Leitura do O Capital, uma leitura popular

Estou participando de um grupo de leitura de " O capital, uma leitura popular" do Carlo Cafieiro. Estou apenas começando, mas estou gostando muito.
Começamos pelo último capítulo, o que trata da acumulação primitiva do capital.
O capitalismo surge com o fim de sistema feudal na Inglaterra. Com a criação do tear na Holanda, a Inglaterra, que tinha a agricultura mais eficiente da Europa, passa a ser exportadora de lã para abastecer a indústria textil. Com isto, o espaço existente para agricultura e gente, passou a ser precioso para a criação de ovelhas e os camponeses foram expulsos de suas terras e empurrados para as cidades. Eles eram "livres" mas não tinham acesso aos bens de produção. Com isto se viam obrigados a vender a sua mão-de-obra para o capitalista ou morreriam morrer de fome. Portanto o primeiro capital excedente veio da exploração de mão-de-obra.
Claro que esta foi uma simplificação ordinária do capítulo do livro, mas espero que tenha despertado em vocês o interesse em lê-lo.
O grupo é organizado por GeDantas. Ele mantém um blog sobre o grupo de estudo. Confiram http://o-capital.blogspot.com/
Beijos e até mais...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Venda da Nossa Caixa

Ouvi hoje pela manhã Carlos Alberto Sardenberg comentar a possível venda da Nossa Caixa, banco estadual de São Paulo, para o Banco do Brasil. Sardenberg dizia que o banco deveria ir a leilão, visto que é um banco constituído com recurso público e desta forma teria chances de melhor preço. Ele acredita que o banco não irá a leilão para que continue publico, mas acha o preço baixo.
O que esquece Sardenberg é que as privatizações de bancos públicos no Brasil sempre foram cercadas de denúncias de subvalorização, portanto pode ser que o banco seja vendido por preço melhor que o proposto pelo leilão. E há outro aspecto importante, manter um banco público é também garantia de que os funcionários não sejam demitidos.

Começo

Eis que me rendo ao Blog. Sou geminiana e jornalista. Falar faz parte da minha gênese. Mas sempre tive um certo acanhamento de publicar o que eu penso. Eis que acho que este é um bom caminho. Lerá quem quiser, portanto não estou ferindo o preceito de não impor o que penso a todos, e poderei partilhar das minhas idéias. É isto.