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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Copa 2014

Eu não sou fanática por futebol. Não acho exatamente justo os mega salários pagos a alguns bailarinos de talento incrível. Também não acho justa às cobranças morais feitas às bobagens aprontadas por estas crianças que vêm suas vidas alteradas do dia para a noite, saindo da quase miséria para salários astronômicos e mil regalias, sem que tenham amparo pscicológico ou familiar para isto. Mas é um esporte bonito, tem garra, tem força, tem alegria. Por isto posso entender a paixão que o futebol desperta mundo a fora e no Brasil particularmente. Fiquei feliz quando soube que o Brasil seria sede da Copa de 2014, acho que o povo brasileiro merece assisitir de perto este espetáculo. Porém acho que nem todos pensam assim.

Acompanhei uma audiência pública na Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal, quinta-feira passada e dois senadores, Heráclito Fortes e Mão Santa, criticaram o governo brasileiro por sediar a copa do mundo. O argumento dos senadores é que o volume de recursos gastos para preparar o país para o evento é um absurdo diante das enormes mazelas que o país tem. Concordo com os senadores que as mazelas são muitas, mas acho que os invesimentos em infra-estrutura, como melhorias nos aeroportos, construções de alojamentos e estádios, é um benefício para um país que está crescendo. O comandante Nicácio Silva, presidente da Infraero, um dos convidados na audiência, afirmou que todas as cidades que foram escolhidas para ser sede dos jogos tinham obras de ampliação e melhorias previstas, exceto Cuiabá. Ou seja, já ocorreriam obras antes da definição da copa. Isto é sinal de que o país está crescendo. E não se pode ignorar o volume de recursos que eventos como este trazem para o país. Movimenta o setor hoteleiro e de turismo, emprega muita gente e muita gente tem que ser qualificada para atender estas pessoas. E conhecimento gerado não vai embora junto com a copa ele fica no país.

Portanto, acho que os senadores, cuja casa não vive seus melhores momentos, terão dificuldades em ganhar brasileiros para fazer oposição justo com a Copa do Mundo. Talvez possamos sugerir que os recursos que serão devolvidos aos cofres da União pelos servidores beneficiados pelos Atos Secretos sejam destinados a reduzir as mazelas do país. É bom lembrar que estes não benficiam mais ninguém além do seleto grupo escolhido pelos senadores.

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